A escalada de assaltos a propriedades rurais no Litoral Norte da Bahia continua a gerar medo e indignação. Nos últimos meses, diversas fazendas têm sido alvo de quadrilhas organizadas que promovem invasões, roubos e destruição, deixando trabalhadores e moradores em constante estado de alerta.

Caso Recente em Rio Real

Na noite da última sexta-feira, 29 de novembro de 2024, uma fazenda localizada na zona rural de Rio Real, próxima ao povoado das Bacias, foi invadida por cinco criminosos encapuzados e armados. Os assaltantes renderam os trabalhadores por volta das 19h e permaneceram na propriedade por mais de três horas, promovendo uma onda de terror.

Durante a ação, os invasores roubaram bebidas, caixas de som, celulares, facas, perfumes e dinheiro dos trabalhadores. Além disso, reviraram completamente as residências, desmontando móveis, arrancando gavetas e deixando um cenário de destruição. Embora ninguém tenha sido fisicamente agredido, o impacto psicológico foi devastador para os funcionários da fazenda, que estão profundamente abalados.

Casos Semelhantes em Outras Propriedades

O ataque em Rio Real é apenas mais um episódio em uma série de crimes semelhantes que têm ocorrido na região. Recentemente, a Fazenda Goiabeira, também em Rio Real, foi invadida por seis homens armados que renderam um funcionário, roubaram objetos de valor e destruíram portas, móveis e decorações.

Em Esplanada, na noite de 22 de novembro, cinco homens armados invadiram a Fazenda Dois Irmãos, no povoado São José, roubando uma motocicleta preta e um quadriciclo vermelho e prata. Em Acajutiba, a fazenda do ex-superintendente da Petrobras, Aécio Romão, foi alvo de um ataque em que ele e sua família foram feitos reféns.

Outros casos incluem a fazenda de Evilásio em Entre Rios e o parque de vaquejada de Gilton Guimarães, em Esplanada, ambos invadidos com modus operandi semelhante.

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Cobranças na Assembleia Legislativa

Diante da crescente criminalidade, o deputado estadual Emerson Penalva (PDT) criticou a gestão do governador Jerônimo Rodrigues (PT), afirmando que a falta de medidas concretas está agravando a sensação de insegurança no campo. Penalva destacou que, em apenas 60 dias, diversas fazendas foram invadidas e que a resposta do governo tem sido insuficiente.

“O governador vai fazer dois anos de mandato e ainda não conseguiu descer do palanque para fazer gestão. Desse jeito, seu maior legado será ser professor de dança. Enquanto isso, fazendas são invadidas, famílias feitas reféns e trabalhadores amarrados. Precisamos de menos fricote e mais gestão”, disse o deputado.

Clamor por Soluções

A Polícia Militar e a Polícia Civil seguem investigando os casos e realizando diligências para localizar os responsáveis. No entanto, os moradores das áreas rurais cobram medidas preventivas mais eficazes, como o aumento do policiamento e a implementação de estratégias de inteligência para combater as quadrilhas.

A vulnerabilidade das comunidades rurais do Litoral Norte reforça a necessidade urgente de uma resposta articulada das autoridades estaduais. Enquanto isso, proprietários, trabalhadores e suas famílias convivem com o medo, esperando por ações que devolvam a segurança e a tranquilidade ao campo.