Mulher de 47 anos busca família biológica em Acajutiba: ‘um pedaço de mim que falta’

Uma mulher de 47 anos, nascida em Acajutiba, agreste da Bahia, na localidade do Açúcar Branco, está em busca de sua família biológica após ter sido entregue para adoção ainda recém-nascida. A história, marcada por desafios e mistérios, envolve o desaparecimento de sua mãe biológica, que teria deixado a cidade pouco depois do parto, e o desejo de reencontrar suas raízes.
“Desde que me entendo por gente, sinto que falta um pedaço de mim. Saber de onde vim, quem são meus pais biológicos, se tenho irmãos. É um buraco que sempre carreguei e agora sinto que é o momento de tentar preenchê-lo”, conta a mulher, que prefere não ter o nome divulgado.
De acordo com informações que obteve ao longo dos anos, sua mãe biológica a entregou para outra família por não ter condições financeiras de criá-la. Além disso, havia o temor pelo comportamento agressivo do pai biológico, que, segundo relatos, bebia muito. Pouco tempo depois da adoção, a mãe biológica teria tentado reaver a filha, mas já era tarde demais. A menina havia sido levada para Salvador, onde cresceu e mora até hoje.
“Sei que minha mãe voltou a Acajutiba arrependida e tentou me encontrar, mas não conseguiu. A história se perdeu no tempo e hoje, 47 anos depois, só tenho pistas soltas e uma grande vontade de saber quem sou de verdade”, explica.
Um Nome do Passado
Recentemente, Lucy – nome que recebeu da família adotiva – descobriu que, ao nascer, sua mãe biológica a havia chamado de Margarida. “Isso mexeu comigo, porque é como se eu tivesse perdido uma parte da minha identidade original. Saber esse nome me dá ainda mais vontade de encontrar minha família biológica”, afirma.
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Buscas e Esperança
Sem sobrenomes e sem registros que indiquem quem foram seus pais biológicos, a mulher aposta na ajuda da população de Acajutiba para tentar reconstruir sua história. Ela pede que qualquer pessoa que tenha informações sobre mulheres que deram filhos para adoção no final dos anos 70 na cidade entre em contato.
“Se alguém souber de uma história parecida, se lembrar de algum caso assim, por favor, entre em contato. Qualquer detalhe pode me ajudar a encontrar minha família. Pode ser um nome, uma lembrança, uma pista”, pede emocionada.
Para aqueles que queiram ajudar, informações podem ser enviadas através do e-mail do Acajutiba News ou pelo telefone (71) 98729-1198.
Enquanto isso, a mulher segue com esperança. “Só quero saber de onde vim. Não guardo mágoas, não quero cobrar nada de ninguém. Só quero me olhar no espelho e saber minha verdadeira história”.