Camaçari ultrapassa os 200 mil eleitores e já pode ter segundo turno
Fonte: Correio24horas
Localizada na Região Metropolitana de Salvador, Camaçari entrou para o grupo seleto de cidades que podem ter segundo turno nas eleições municipais deste ano. Isso porque o município alcançou a marca de mais de 202 mil eleitores, de acordo com o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA). A Constituição Federal prevê a possibilidade de segundo turno em regiões com mais de 200 mil eleitores para o cargo de prefeito e, nas eleições gerais, para os postos de governador e presidente da República.
O analista do TRE-BA, Jaime Barreto, explica que um segundo turno acontecerá caso nenhum candidato a prefeito alcance a marca de 50% dos votos mais 1. Nessa situação, os dois postulantes mais votados no primeiro turno competirão na segunda etapa. “O segundo turno tem importância para apurar melhor a vontade do eleitor, evitar que um candidato com alta rejeição, por exemplo, seja o vencedor”, ressalta Barreiros.
O cientista político e professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Paulo Fábio Dantas Neto, destaca que, com a introdução do segundo turno, os camaçarienses passam a exercer um “poder genuinamente majoritário”. Agora, para vencer a eleição, o candidato a prefeito deve angariar o apoio de mais de 50% dos eleitores. Anteriormente, bastava uma maioria simples dos votos para ser eleito, permitindo que um candidato ganhasse, por exemplo, com apenas 30% dos votos, desde que fosse a opção mais votada. “É um ganho de representatividade que tende a aumentar a diversificação do cardápio eleitoral oferecido aos seus eleitores”, acrescenta.
Embora a possibilidade de segundo turno tenha sido confirmada pelo TRE-BA, há eleitores camaçarienses que desejam definir a eleição já no primeiro turno, como a esteticista Edileuza Santana, 55 anos. “Eu estou acreditando que vai definir logo no 1° turno”, diz.
A eleição em Camaçari, por enquanto, tem quatro pré-candidatos: Flávio Matos (União Brasil), que tem o apoio do atual prefeito Antonio Elinaldo (União Brasil), o ex-prefeito Luiz Caetano (PT), Oswaldinho Marcolino (MDB) e Cleiton Pereira (Novo).